Blog criado pelos cerimoniários Felipe de Queiroz Souto e Gustavo Maranha, da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Americana, Diocese de Limeira, São Paulo.
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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Obediência a Deus é caminho de crescimento e liberdade

“Escute meu filho, minha filha” (Pr 1,8), Jesus está chamando você: “Vem e segue-me”. Obedeça e responda “sim”!
A obediência é, antes de tudo, uma atitude filial. É aquele tipo particular de escuta que só mesmo o filho pode prestar ao pai, porque está iluminado pela certeza de que ele só pode ter coisas boas a dizer e a dar ao filho. Uma escuta baseada na confiança paterna permite ao filho acolher a vontade do pai, certo de que esta será para o bem. Isto é imensamente mais verdadeiro em relação a Deus.
A obediência ao Senhor é caminho de crescimento e liberdade, uma vez que nos permite acolher um projeto diferente da nossa própria vontade.
Ao mesmo tempo, a liberdade é, em si, um caminho de obediência, pois é obedecendo ao plano do Pai que o filho realiza o seu ser livre. Levi, depois de chamado, responde positivamente: “Levi se levantou, deixou tudo e seguiu Jesus. Então, Levi fez para Jesus uma grande festa em sua casa”.
É claro que tal obediência exige reconhecer-se como filho e alegrar-se em sê-lo, posto que somente um filho pode se entregar livremente nas mãos do Pai, exatamente como fez Jesus. Se, durante a Sua Paixão, Jesus se entregou a Judas, aos sumos-sacerdotes, aos Seus flageladores, à multidão hostil e aos que O crucificaram, só o fez porque estava absolutamente certo de que tudo encontrava um significado na fidelidade total ao desígnio de salvação querido pelo Pai, a quem – como nos recorda são Bernardo – “não foi a morte que O agradou, mas sim a vontade d’Aquele que, espontaneamente, morria”.
Em Lucas 5,27-32, Jesus encontrou um cobrador de impostos chamado Levi e o convidou para ser Seu discípulo. Devemos, cada um em particular, entrever-se, pois o Mestre também nos chama.
Assim como Levi segue, imediatamente, Jesus e oferece um banquete a Ele e aos membros da sua classe, façamos nós o mesmo. Veja que Levi, sendo um detestado cobrador de impostos, possuía como únicos amigos outros cobradores de impostos. Nossos amigos são aqueles que conhecemos: pai, mãe, filhos, irmãos e irmãs, tios e tias, colegas, entre tantos. Convidemo-los a participar da mesa com o Mestre. Que eles partilhem de igual modo da nossa conversão.
Como Levi, sejamos obedientes ao Mestre que nos chama para Sua missão. Saibamos que a obediência ao chamado de Jesus é o único caminho de que dispõe a pessoa humana para se realizar plenamente. Quando diz “não” a Deus, a pessoa compromete o projeto divino e diminui a si mesma, destinando-se ao fracasso. Diga “sim” ao projeto do Senhor na sua vida e você e os seus viverão eternamente.
Padre Bantu Mendonça

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